14 fevereiro 2012

pela internet

Dia calmo, comum. Nem me lembro detalhes. Havia combinado com minhas amigas de irmos lanchar em uma creperia. Estávamos de férias e queríamos nos despedir antes de cada uma das sete amigas, viajarem para um canto diferente do Brasil. Eu estava no computador, como geralmente fico antes de dar a hora de me arrumar para sair. Estava enrolando, vendo sites de fotos e se duvidar, até mexendo em um blog antigo meu. Conversava com uma amiga minha de outro estado, ela me contava as novidades e como estava interessada em seu melhor amigo. Quis conhecê-lo em uma video-conferência. Acredite, até pelo computador eu estava nervosa. Seu nome era Daniel, e me parecia muito simpático. Gostei logo de cara.
Enquanto conversávamos os três em uma janela do chat, eu e essa amiga, conversávamos em outra. Perguntava detalhes sobre a relação deles, como ela se sentia perto dele e me lembro de ter dito que ele era um cara legal. Me perdi no tempo com a conversa à três e tive que correr para me arrumar. Desliguei o video e sai correndo. Contei sobre ele para as meninas no restaurante, e elas perguntaram se algum dia eu iria vê-lo pessoalmente. Lembro de ter dito que só se algum dia eles namorassem.
Contei para as meninas de um encontro surpresa que havia tido com um menino que eu gostava. E que pensava em desistir dele, porque não teria futuro. A maioria concordou, outras falaram para eu apenas me divertir sem pensar em nada sério. Eu não pensava. Nunca pensei. Sempre tive medo, e por isso, quando começava a gostar de alguém e recebia uma resposta positiva, pulava fora. Eu sei... não faz o menor sentido. Mas essa sou eu. Ou era.
Voltei pra casa era pouco depois de meia noite. Coloquei meu pijama, tirei a maquiagem e me preparei pra dormir. Foi quando me lembrei do computador ligado e da conversa que havia deixada aberta com a minha amiga e sua paixãozinha. Me levantei e liguei o monitor. a conversa de poucas palavras escritas, tinha se estendido para horas de leitura. Notei um nome um tanto quanto estranho no meio. Terminei de ler, tentando entender algo, mas me perdi totalmente. Depois de uma meia hora desistir e mandei: "Oi, tem alguém ai?"
Nada. Nenhuma resposta. Desliguei o computador e fui dormir. Acordei cedo no dia seguinte, e entrei no computador. Não me culpem, eu estava de férias. Mas ainda assim, nenhuma resposta. Desliguei o monitor, fui preparar meu café e ver televisão. Nem lembro o que passava, nem muito menos o que fiz do resto do meu dia. Lembro-me apenas quando chegou a noite.
Naquele tempo, eu dormia tarde, e acordava cedo. E virava a noite no computador fazendo nada de útil. Mas naquele dia, com esperanças de conhecer pessoas novas, voltei para a conversa que havia fechado na noite anterior. Alguém tinha respondido a minha pergunta, só que eu não estava presente no momento então só vi depois. Escrevi: "Droga, não tem ninguém de novo... quando alguém entrar, avisa (:"
Dessa vez eu tive uma resposta.

13 fevereiro 2012

a arte da escrita

Ray Bradbury, talvez você tenha ouvido falar dele, talvez não. Ele é um escritor americano, que já publicou mais de 500 obras, dentre elas estão contos de ficção cientifica, romances, poemas, cronicas, contos de suspense e tudo o que você puder imaginar. Ray é o tipo de escritor que faz você mudar o seu jeito de olhar para o mundo. Ele se tornou mais conhecido pelas suas obras Crônicas Marcianas e Fahrenheit 451. Descobriu seu estilo como escritor com " O lago". E recebeu prêmios ao longo dos anos pelos seus contos e foi contratado como consultor e criador com Epcot Center.

Depois de toda essa biografia, me sinto fazendo um favor a todos que irão ler. Apresentando- lhes esse espetacular escritor. Meu livro do mês é dele. Chama-se "O zen e arte da escrita", ele conta sobre a sua vida, e como ele se sentia ao escrever. Explica como foi a sensação de escrever "O lago" o seu primeiro conto realmente bom, que terminou em lágrimas. Ray Bradbury me ensinou que não existe uma história realmente boa, se não houver inspiração, e ainda, quando houver não perca tempo, corra para o computador, o papel e a caneta, o celular, a máquina de escrever. Deixe a história fluir e escreva com o coração.

"Toda manhã, pulo da cama e piso num campo minado. O campo minado sou eu. Depois da explosão, passo o resto do dia juntando os pedaços. Agora é a sua vez. Pule!" - Ray Bradbury

P.

cara nova


ano novo. 2012. cara nova. há menos de um mês atrás, eu descobri que serei capaz de realizar o meu sonho, de cursar na faculdade a minha paixão. devido a essa tão feliz descoberta, eu resolvi mudar. mudar a aparencia do blog e sobre o que ele se trata. para os poucos que realmente leêm esse blog, devem ter notado que os textos são em sua maioria de minha autoria, e sobre coisas pessoais. enfim, um blog servindo de seu próposito, um diário on-line. no entanto, com a mudança do site o tema agora será outro. serão informações, curiosidades, e uma vez ou outra um texto pessoal. pretendo tornar esse blog, um lugar que tenha um pouco de tudo, um pouco sobre música, viagem, moda, fotografia e outras coisas mais que eu gosto.
espero que eu consiga passar a mensagem que eu quero e entreter/informar sobre o mundo.

P.

30 novembro 2011

título

depois de mil anos....

o título desse blog, teve como inspiração uma pessoa muito querida que se foi. Como meu anjo da guarda, ele está sempre "right beside me". hoje eu posso dizer que o título acabou adquirindo outros propósitos. Right beside you, é onde eu pretendo estar e continuar. Depois de muitos desentendimentos, brigas, raiva, lágrima... você acaba cansando e querendo desistir de tudo. Normal. Eu já quis também. Mas agora, eu preferi desabafar e falar tudo o que eu acho que você precisa ouvir. Só não sei se seria capaz de fazer isso pessoalmente, pelo telefone ou pelo skype. Resolvi escrever. Acho que é uma boa saída, e sei que você gosta de ler minhas coisas, então... sinta-se à vontade.
Descobri com o tempo, e acho que descobrimos juntos, que ninguém é perfeito, que as pessoas têm medo e que confiança é mais que essencial. Descobrimos, muitas vezes brigando, que não importa a distancia... é sério, não importa. Descobrimos que é difícil muitas vezes, pensar com a cabeça do outro, entender o outro e mais ainda, se colocar no lugar do outro. Descobrimos que 'desculpa' é apenas uma palavra quando não vem acompanhada de ações. Descobrimos que certas atitudes são responsáveis por elevar seu coração à boca. Descobrimos que amar não é fácil. Brigar também não. Somos todos responsáveis pelos nossos atos, mas quando ainda é tempo de reverter as coisas, por favor... faça.
Depois de tudo, ainda restam os sorrisos, os abraços, os beeeijos (tãaaaao desejados beijos), as brincadeiras e o amor. O amor nunca acaba. Não o nosso. Vim aqui só pra te pedir pra lembrar das coisas boas, dos momentos bons, da felicidade. De como é sentir seu coração prestes a pular pela boca enquanto você espera por um maldito avião pousar. Por favor nunca se esqueça que eu amo você. Que as coisas boas são as que prevalecem, e que muitos aviões ainda vão pousar pra gente se encontrar de novo.

28 agosto 2011

um dia

um dia, um amigo meu já falecido me disse que eu tinha o coração maior do mundo. que eu era capaz de ver os seres humanos como animais e os animais como seres humanos e ama-los igualmente. não sei te dizer se era realmente um elogio, mas posso dizer que a parte de colocá-los no mesmo patamar é a mais pura verdade. hoje eu acordei ansiosa esperando notícias da minha melhor e mais fiel companheira. nada. ela sumiu já faz uns dias, e eu me sinto a pessoa mais impotente do mundo.
minha avó veio me falar que ela deve ter achado uma casa melhor pra ficar, e pra fazer uma criança feliz como ela me fez. sabe o que respondi? "não quero saber de criança NENHUMA, ela é minha! eu quero ela aqui comigo!". é lógico que todos que se manifestaram foram contra o meu argumento. ouvi reclamações que eu já estou cansada de ouvir. é sempre a mesma coisa, porque para eles é um vício ou uma doença. eu gosto de pensar que é um grande coração.
sai de casa e fui direto para a rua. abri o portão e desci até a penúltima casa. até não aguentar mais estalar os dedos e ter as lagrimas me impedindo de gritar seu nome ou qualquer outra coisa. eu não queria voltar pra casa, eu não queria ter que enfrentar as pessoas me confrontando por chorar a perda de alguém que amei mais que muitos. alguém que para eles é algo. cogitei a ideia de descer até a ultima casa, mas não o fiz. ela estava em reforma e cheia de escombros. sempre tive medo de lugares assim.
subi a rua mais lentamente que pude, e permiti que as lagrimas escorressem. entrei pelo portão e 3 dos meus gatos aparecem correndo em minha direção, os evitei, ou pelo menos tentei. fui para o fundo da casa chorar sozinha. eles me seguiram, ficaram envolta de mim, e me deram carinho. pode ser que você que esteja lendo isso ache que, como a maioria das pessoas alienadas, gatos não dão carinho, são maldosos e interesseiros. eu recebo mais carinho deles do que das pessoas.
depois de meia hora chorando, olhando pro fundo do quintal marrom, com as lagrimas ja secas no meu rosto, me levantei e meus pequenos foram me seguindo. entrei em casa, parando antes para olhar o lugar preferido dela. nada, ninguém. fui direto para o quarto deitar na cama e esperar que ela voltasse.
ainda estou esperando. e vou continuar por pelo menos 2 meses.
pior que do sentir saudade de quem ja se foi, é não saber ao certo se essa pessoa vai voltar ou não. os malditos 50% matemáticos que definem a melhor coisa que pode me acontecer, ou a pior. são dois extremos que eu vou ter aceitar.
eu estou com o telefone do meu lado 24 horas, esperando minha avó me ligar e dizer: "ela voltou. a sua neguinha voltou pra casa." pode ter certeza que quando eu ouvir isso, eu vou ser a pessoa mais feliz desse mundo.
por enquanto eu estou desabando em lagrimas, até não restarem mais, esperando que ela volte.

16 agosto 2011

mudanças

“Eu acredito que tudo acontece por um motivo. As pessoas mudam para que você possa aprender a deixá-las, as coisas dão errado para que você possa dar valor a elas quando estiverem certas, você acredita em mentiras e eventualmente aprende a confiar em ninguém exceto você mesmo e as vezes coisas boas dão errado para que coisas melhores possam dar certo”

07 agosto 2011

incerteza

tem um sentimento que fica latejando dentro de você até te desgastar, o suficiente pra te fazer pirar. ele deixa você cada vez mais louco e faz com que você pense coisas que não fazem o menor sentido. hoje eu tive uma sequência de pesadelos, um seguido do outro, até o momento em que eu nem quis voltar a dormir. no primeiro minha vida estava em jogo, e o desespero estava me consumindo, não conseguia simplesmente suportar a ideia de ter as horas contadas e ao mesmo tempo a incerteza de quantas horas seriam, apenas sabia que não tinha muito tempo. foi o sonho mais absurdo da minha vida, eu estava sem órgão algum, eu tinha apenas meu coração e ele estava parando de bater.
acordei ofegante. não conseguia me acalmar, parecia tudo tão real. voltei a dormir depois de um copo d'água. agora era a vida de outra pessoa que estava em jogo e eu deveria salva-la. no inicio parecia tudo uma aventura, até que tudo começou a dar errado. parecia o filme premonição. mais uma vez sentia meu coração acelerado, só que desta vez, tinha consciência de que era um pesadelo. não podia acordar, no entanto, precisava salvar aquela vida que é tão importante para mim.
o pesadelo começou a parecer sonho, as coisas foram dando certo, e seguimos para o casamento da minha prima, engraçado como tudo parecia tão real. a cerimonia começou com um numero teatral de thriller- micheal jackson-, pessoas com maquiagens medonhas tornavam o casamento o mais incomum de todos. minha irmã que sentava do meu lado se levantou e foi fazer o discurso de madrinha. um menino tomou o seu lugar, seu rosto não me era estranho mas eu não o conhecia, eu tinha certeza disso (e ainda tenho!). ele pegou na minha mão e me beijou, como se aquilo fosse a coisa mais normal de todas. nessa hora meu mundo desabou.
precisava acordar daquele pesadelo, aquele não era você, porque estávamos com as mãos entrelaçadas? queria sair daquela visão,mas simplesmente não conseguia. me forçei a olhá-lo e exigi que aquele fosse você. não era! briguei com ele e reclamei, e xinguei, e sai correndo dali. eu precisava acordar, eu necessitava!
o encontrei em uma sala pequena, ele ligava para sua esposa,- sim, sua esposa!!!!!!!!!!!
eu o contei que não estava entendo o que havia acontecido, que eu tinha um namorado e que eu o amava muito, que ele não deveria ter me beijado. ele então se levantou, me abraçou e falou que ficaria tudo bem. me mostrou uma foto da ex-esposa dele, ela havia terminado com ele, e falou que não esperava a hora de me ter como esposa.
acordei com o maior desespero da minha vida, não conseguia respirar direito e minha cabeça rodava. eu só precisava falar com você, pra tudo ficar bem. para eu esquecer desses sonhos malditos!